3.3.10

PRESERVAÇÃO CÉLULAS ESTAMINAIS

Público VS Privado

Antes de engravidar, de sequer pensar nisso :-) e, assim que soube que estava grávida foi ponto assente que as células do cordão umbilical seriam preservadas num dos tantos bancos privados existentes em Portugal.
Entretanto uma amiga alerta-nos para o facto de o depósito privado se tratar de um estratagema de empresas privadas para sacar milhões de pais bem intencionados...(tanto que, no Natal, as únicas prendas que pedimos à familia foram contribuições para o mesmo)

Maaau...
Precisamente na altura do Natal o meu pai diz-me que vira no Noticiário que já estava a funcionar em Portugal o 1º Banco Público...
Beeem....
Aqui o caso mudava de figura, não apenas pela questão monetária mas pela lógica de acesso a cuidados de saúde gratuitos e universais..

Após muita, mas muita pesquisa sobre o assunto, muitos artigos de opinião, conversas com médicos, familia, amigos,...chego à conclusão que se criou, em torno desta questão, uma grande confusão e muitos equívocos acerca do seu verdadeiro potencial..que claro está, como é próprio do nosso Portugal dos Pequeninos, a informação disponibilizada não é correcta, rigorosa e objectiva.

Deixo-vos alguns excertos, dos milhentos artigos que li:

“Um banco público é o mais indicado, pois vai além da utilização pelo próprio e abre infinitas possibilidades”, disse o presidente do Colégio de Genética da Ordem dos Médicos à Agência Lusa.
Regateiro frisou que as empresas privadas que cobram para crioconservar por 20 ou mais anos estas células movem-se por “uma lógica comercial” e que “a própria ideia é individualista e até egoísta”.
Com um banco público, as amostras recolhidas terão de ser em grande número, de forma a garantir a presença de várias possibilidades para os doentes que, desta forma, poderão evitar um transplante, nomeadamente de medula óssea."

"As pessoas são livres de fazerem o que quiserem. Entendo que a actividade privada não deve ser proibida, como acontece em Itália e em Espanha, mas temos que ter a certeza que as empresas que a praticam dão informação científica rigorosa e objectiva aos seus potenciais clientes, e isso não está a acontecer" Manuel Abecassis, responsável pela unidade de transplantação de medula óssea do Instituto Português de Oncologia

"Se tivesse um filho agora não preservaria as células do seu cordão umbilical porque não sei em que estado estarão dentro de dez anos e, nessa altura, estou confiante que já saberemos como manipular as próprias células adultas. Ainda assim, penso que é muito importante que qualquer pessoa que tenha um bebé doe o cordão mas apenas para investigação. Os bancos privados de células estaminais acabam por não ter muita razão de existir pois penso que todo este trabalho deve ser feito pelas universidades". John Martin, médico especialista em Cardiologia, director do “Centro de Investigação da University College of London”,

continua...

Sem comentários:

Enviar um comentário